Nada mais que Pessoa.
Já o meu caro Fernando Pessoa, na sombra de uma pessoa que para mim existe sem qualquer ponta de dúvida, dizia: "No tempo em que festejavam o dia dos meus anos, Eu era feliz e ninguém estava morto" Quando li pela pela primeira vez invejei-o por nunca ter tido a oportunidade de ser eu a escreve-lo, porque era tão eu, tão meu. Era como se a adulta que hoje vive não visse mais a sombra onde mora a minha criança. E como a infância dele modificou, a minha também e todas elas mudam em qualquer que seja a vertente. Deixamos de ser a sombra de sonho de adulto, para sermos na sombra a criança inocente perdida. Invertemos os papeis e muitas vezes com os pés pelas mãos fica tudo do avesso. Passamos a substituir pessoas por outras no dia dos nossos aniversários, ou não os festejamos porque vai faltando demasiada gente: os amigos já não são muitos, os avós já não ocupam a cabeceira da mesa e outros tantos partiram para as suas viagens. Por vezes preciso de parar para me lembrar