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A mostrar mensagens de julho, 2017

Tenho saudades, mas não te quero de volta.

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Um dia vamos conversar , pode ser no café que me apresentaste e tratavamos por tu, conhecia os nossos segredos e os nossos momentos também eram seus. Vamos falar sobre o presente e eu vou te mandar calar porque ainda mal resolvemos o passado. Vais tentar pedir me desculpa e eu sei que te vou ignorar , manter o meu ar de durona e magoar-me, magoar-te queria eu dizer. Vais ficar com um olhar triste mas eu nem vou olhar, não que ainda tenha sentimentos por ti, mas sei que sou uma pessoa sensível no fundo. Vamos arrumar tudo nas gavetas, abrir corações, rasgar recordações, lembrar momentos de muitas emoções. E depois vamos terminar este café curto que serviu para me despedir de ti, olhos nos olhos como adultos que somos, que se encontram por fim, em meses de dor e de ansiedade. Saudade. Mal tu sabes o quanto te queria abraçar mas não vale a pena porque eu não posso ficar mais perto de ti. O nosso tempo acabou preciso de fechar este ciclo vicioso que deixou de ser amizade, para ser amor

Olhares multicolores.

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São dois corações tal e igual um ao outro. Coração: órgão torácico, oco e muscular, de forma ovoide, que é elemento motor central da circulação do sangue. Como é que com tantos aspetos para conhecer e amar ainda se olhe para a cor, a religião, o país de onde vêm. Olhamos nos olhos e vemos o mesmo que em todos os corpos com que nos cruzamos, o problema é mesmo esse: nunca ninguém olhar nos olhos de ninguém . Olhamos para tudo e mais alguma coisa, esquecendo os aspetos que nos fazem ser quem somos de verdade. Os aspetos que nos fazem gostar realmente de alguém. Será que alguém ainda quer de gostar de alguém de verdade? Os negros têm coração, tal como os brancos. Os chineses têm coração, tal como os europeus. Os muçulmanos têm coração, tal como os cristãos. Os gordos têm coração, tal como os magros. Os pobres têm coração, tal como os ricos. Todos iguais, feitos do mesmo. Porquê que se repara em tudo menos no que realmente importa? Não é a cor, a religião ou a raça que fazem as

Meu coração de lata inundou.

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Foi a não chorar que inundei a minha alma e sequei a minha pessoa. Afoguei-me em mim mesma sem uma única lágrima verter. Sem nenhuma lágrima me umedecer o rosto. Sem nenhuma lágrima molhar o papel onde escrevo. Sem nenhuma lágrima sentir que me derrotou. Eu não penso que quem chora é sempre o derrotado, mas penso que quando eu choro o sou. Por isso, não choro! Não me vais ver chorar pela rua, apenas na noite escura me vou deixar levar entre pensamentos atrozes que me levam a sanidade e de um coração de lata passo a coração de papel. Assim afogo-me de dentro para fora, grito por socorro mas já é tarde, já passaram demasiados 365 dias, de cada vez, desde o primeiro em que as lágrimas passaram a ser minhas. Apenas minhas. E assim vou pairando sobre o vivo, vivendo num constante flutuar que se vai deixando ir na corrente da vida, entre cascatas e meros riachos, águas calmas e tempestades. Só água salgada de mim, minha. Meu mar salgado. E quem me dera poder chorar mas minha fonte secou,

Utilizemos o orgulho a nosso favor, por favor.

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Quando é que esse teu mundo vai abrandar? Quando é que vais olhar ao mesmo nível dos meus olhos e ouvir o que tenho para dizer, sem ter que gritar um grito que se perde mesmo antes de chegar a ti. Só preciso que te sentes, olhes á tua volta e vejas onde eu estou e sempre estive. Aqui. Ao teu lado, mesmo sem que saibas quem sou eu na realidade do meu ser. Só quero que uma vez ouças mas principalmente que me olhes nos olhos e  que eu veja algo nos teus além de desilusões e que tu olhes nos meus e vejas um ser que sempre se escondeu do teu, por medo. Receio. Talvez seja receio de não ser aquilo que idealizavas, vivi o tempo todo a contrariar mas no fim a ser igual a ti e a ter-te como o maior exemplo da minha vida. Entre guerras mesquinhas, em que algumas nos magoávamos a sério, fomos perdendo o nível dos nossos olhos, a confiança, o contacto que hoje precisava que tivesses. Preciso que o teu mundo abrande, que me olhes e digas que estás aqui também de alma aberta a mim. Preciso que

Mais pessoas no mundo que amem pessoas.

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Lá andava eu, praia fora, cego para e com o mundo. Cego com assuntos do trabalho ou da falta dele, com os assuntos da família que todos temos mesmo sem a ter e com os meus problemas, problemas esses que me cegam. E caminhei a praia de fio a pavio de olhos cerrados ao mundo e abertos ao simples sentir da água gélida nos meus pés que me percorre o corpo inteiro e se instala nos meus ossos. Sentir este cheiro que se havia de misturar com o teu. Nem dei por ti, pelo menos á primeira vista. Maldita cegueira da vida. Reparei que corrias ao meu lado mesmo antes de o ser e deixei-te ir até ao fim do teu caminho, que mal eu sabia terminaria em mim. Parei e libertei o sufoco dentro de mim com um grito mudo e tu paraste junto a mim. Não me apaixonei á primeira vista, mas ao primeiro toque, porque estava cego com a vida. Apaixonei-me logo por ela, pela pessoa que estava dentro de ti e por cada palavra de consolo, apoio ou qualquer das outras coisas que eu precisava naquele momento. O sol f

Era para ser amor para a vida toda.

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Entre folhas soltas, cadernos de linhas e entrelinhas recuei uns anos na minha vida. Voltei ao tempo em que te amava e que eramos aquelas crianças inocentes que acreditavam que tudo era possível . Eramos maiores que a distância, que os obstáculos, que tudo aquilo que nos separava. Ainda consigo olhar e ver o sorriso na cara da menina que hoje não sou mais, não me revejo mais. Aquele sorriso nunca mais vi em mim, nem aquele rosto inocente com toda a esperança do mundo. Dizem que o primeiro amor é inesquecível e eu sou a prova viva que isso é verdade. Deixa de ser amor, penso eu, e passa a ser qualquer coisa que vive em nós, que não dói, não cresce, não fere, mas que ocupa o seu espaço. Deixa espaço para novos amores, novas experiências, novas vidas. Mas é como um ser que nunca mais nos larga. Revejo essa menina na minha sombra mas não mais na personagem principal desta peça de teatro que é a vida. Onde aprendemos que por vezes só temos que entrar em diversas personagens, diver

Cruzei-me com a saudade.

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Hoje cruzei-me com a saudade pelas ruas da minha cidade. Lá ia ela em forma de gente, em forma de menina, subtil e despercebida. Despercebida ao mundo mas jamais para mim. Os olhos foscos e tremidos fugiram dos meus e a verdade é que agradeço. Jamais conseguiria encarar a saudade que carrego no peito e que me faz deambular às tantas da madrugada pelas ruas onde a encontro num olhar. Olhos meus que são espelhos da minha alma e onde a saudade vive e se demonstra. Sou tão despida dentro de mim e nunca ninguém me viu nua por ai. Porque ninguém me olhou nos olhos com olhos de quem vê e não como quem olha. Queria-te ter cumprimentado, apertado a mão, agarrar e enfrentar este meu medo de ti e te daquelas conversas de circunstância que tanto detesto mas das quais tenho saudade. Devia ter enfrentado esse teu sorriso, esse teu olhar, matar-te numa conversa de amigos para perder este medo de cada virar da esquina e desta saudade. Mas lá ia ela toda lampeira e dona de si e de mim, um